Os animais de estimação são elementos importantes nas nossas famílias e partilham os momentos mais marcantes de cada lar. Por isso, é fundamental que se mantenham saudáveis e evitar que nos transmitam doenças.
Os cuidados de higiene, vacinação e idas regulares ao veterinário são indispensáveis mas hoje vamos falar de desparasitação.
Os cães e os gatos podem ser “incomodados” por pequenos seres vivos que vivem às custas dos nossos animais de companhia. Estes pequenos seres designam-se parasitas e podem viver dentro ou fora do organismo dos animais.
Os parasitas externos mais comuns são as pulgas e as carraças mas devemos ter também muita atenção aos flebótomos, responsáveis pela transmissão da Leishmaniose, uma doença incurável para os cães. Os parasitas externos são responsáveis pela transmissão de várias doenças aos animais e até aos humanos, pelo que o combate a pulgas e carraças é essencial no animal, nos espaços exteriores e interiores. No caso das pulgas, por exemplo, apenas as formas adultas vivem no hospedeiro, podendo os ovos e as larvas estar presentes nos sofás, carpetes, nos móveis, no chão, até 200 dias.
A desparasitação deve iniciar-se por volta dos dois meses de idade e incluir todos os animais de casa. Podem utilizar-se coleiras, pipetas, champôs ou sprays, e a duração do tratamento pode variar entre 24 horas e três meses. Apesar de, no Verão estes parasitas serem mais visíveis, a desparasitação tem de ser feita todo o ano. O ideal será conjugar desparasitantes que eliminem os parasitas de imediato com desparasitantes que tenham efeito repelente durante alguns meses. Após o tratamento, o banho deve ser evitado e o contacto próximo com crianças também.
Para manter os espaços livres de parasitas devemos aspirar os locais frequentados pelo animal, lavar a cama do animal com água bem quente, detergente ou lixívia, limitar o acesso do animal a espaços exteriores muito húmidos e protegidos do sol e aspirar o carro se o transportar frequentemente. A limpeza do canil e do espaço exterior onde o animal habitualmente está é também fulcral para evitar infestações. No caso dos parasitas internos, os mais comuns são ténias e lombrigas e instalam-se no interior do organismo dos animais, normalmente no estômago e nos intestinos. Não sendo visíveis a olho nu, por norma os animais revelam sintomas de contaminação, como vómitos, diarreia ou perda de peso.
Os parasitas internos estão um pouco por todo o lado e são facilmente transmitidos entre humanos e animais. O tratamento obedece a vários critérios e deve ser adaptado ao seu animal (raça, peso, idade, local onde habita), e deve realizar-se idealmente de 3 em 3 meses. O seu amigo de quatro patas precisa de muito mais do que comida, uma casa ou amor e carinho. Ter um cão ou gato como animal de companhia implica cuidados com a sua saúde para garantir que são saudáveis e não transmitem doenças aos seres humanos.